quarta-feira, 1 de julho de 2015

Será que ainda sabemos parir?

Na sequência da reportagem da SIC -"No tempo das cesarianas"- que podem ver neste link

http://player.sicnoticias.pt/2015-06-02-Grande-Reportagem-Interativa--No-Tempo-das-Cesarianas

também tenho a minha opinião sobre o assunto. E porque todas as opiniões são válidas, aqui fica a minha...
Hoje em dia, tudo corre à velocidade da luz. Não há tempo para nada. Tudo tem de ser programado ao milímetro e ao segundo, até mesmo a maternidade. Quer quando realmente decidimos ser mães, quer a maneira e forma de nascer. Mas a maternidade e o ser mãe é tudo menos isso. É espontânea e quer-se natural, sem pressas e parâmetros rígidos e estanques!
No entanto, as mães de hoje em dia acham o contrário: programam o dia em que se dá a queca prodigiosa, porque tem a agenda completamente lotada; definem a conduta da gravidez- pilates para grávidas, aulas de preparação para o parto, dieta macrobiótica XPTO, massagens para grávidas, enfim, um mundo; preparam um plano de parto com tudo natural e cheio de requisitos inconcebíveis com a realidade da maioria das maternidades portuguesas ou, optam por cesarianas progamadissimas para não haver nenhuma intercorrencia de ultima hora. Após o parto...optam por suplemento com leite artificial pois a amamentação é demasiado custosa; marcam consultas no pediatra a toda a hora e a todo o choro do bebé; tem aulas de baby yoga, encontros musicais para bebés; usam gadegets que quase auto-educam a criança; frequentam consultas com especialista do sono da criança (acho isto muito engraçado mesmo!!!); Enfim, podia estar aqui o dia todo a balbuciar todas as opções que a sociedade hoje em dia nos oferece para não ter trabalho praticamente nenhum com a maternidade.
No entanto, apesar de tantas opções e de tantas soluções rápidas, as mulheres esquecem o mais primitivo, o mais básico de tudo: a capacidade de ser calma e serena, a capacidade de saber esperar durante a gravidez que o seu bebé esteja preparado para nascer, e de conseguir tolerar um trabalho de parto sem pressas, o saber amamentar os seus bebés e tolerar as noites mal dormidas, ouvir os conselhos das nossas mães sobre o que elas próprias já passaram e continuar a passar a método tradicional, que deve ser passado de geração em geração.
A maternidade não é um bicho de sete cabeças mas também não é fácil, é preciso ter calma e saber escutar o nosso interior pois, cada mãe, é a melhor mãe do mundo para a sua criança!


*Marta

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